Os pesquisadores desenvolveram uma nova maneira de modelar a defasagem em experimentos de attossegundos

A ciência do Attosecond é, sem dúvida, um dos ramos da física que mais cresce atualmente.
A sua popularidade foi demonstrada pela atribuição do Prémio Nobel da Física de 2023 a Anne L’Huillier, Paul Corkum e Ferenc Krausz. para métodos experimentais que geram pulsos de luz de attosegundos para o estudo da dinâmica eletrônica na matéria.
Um dos processos mais importantes nesta área é defasagem. Isso acontece quando um elétron perde sua coerência de fase devido às interações com o ambiente.
Esta perda de coerência pode obscurecer os detalhes da dinâmica dos elétrons, tornando mais difícil capturar instantâneos precisos desses processos rápidos.
A maneira mais comum de modelar esse processo em interações luz-matéria é usando a aproximação do tempo de relaxamento. Esta abordagem simplifica muito a imagem, pois evita a necessidade de modelar cada partícula do sistema.
Seu uso é adequado para gases diluídos, mas não funciona tão bem com lasers intensos e materiais mais densos, como sólidos, porque superestima muito a ionização.
Este é um problema significativo, pois a ionização é o primeiro passo em muitos processos, como a aceleração de elétrons e a geração de altos harmônicos.
Para resolver este problema, uma equipe liderada por pesquisadores da Universidade de Ottawa desenvolveu um novo método para corrigir este problema.
Ao introduzir um banho de calor no modelo, eles conseguiram representar o ambiente de muitos corpos que interage com os elétrons, sem aumentar significativamente a complexidade.
Esta nova abordagem deverá permitir a identificação de novos efeitos na ciência do attossegundo ou onde quer que campos eletromagnéticos fortes interajam com a matéria.