Os pesquisadores da Purdue College desenvolveram um novo método para fabricar dispositivos microfluídicos usando a tecnologia de fotopolimerização de IVA (VPP). O processo de patente pendente permite a criação de dispositivos transparentes com canais tão pequenos quanto 100 mícrons de largura e 10 mícrons de profundidade, aproximadamente um décimo do diâmetro de um cabelo humano.


A técnica utiliza tecnologia de exibição de cristal líquido (LCD) e luz ultravioleta para solidificar os fotopolímeros, oferecendo uma alternativa aos métodos tradicionais de fabricação. Essa abordagem elimina a necessidade de equipamentos caros e ambientes de salas limpas, potencialmente tornando a produção de dispositivos microfluídicos mais acessível e econômica.
Os métodos atuais para a produção de dispositivos microfluídicos enfrentam várias limitações. A fabricação tradicional requer várias etapas e instalações especializadas, enquanto técnicas comuns de impressão 3D, como a fabricação de filamentos fundidos, lutam para criar canais mais estreitos que 500 mícrons. O novo método VPP aborda essas restrições, mantendo alta resolução e transparência.
A equipe de pesquisa, liderada pelo professor assistente Huachao Mao, do Instituto Politécnico de Purdue, demonstrou com sucesso as capacidades da tecnologia em aplicações de análise de célula única. Eles criaram canais capazes de formar linhas únicas de células cancerígenas e desenvolveram redes complexas imitando conexões capilares.
A inovação possui aplicações em potencial em vários campos, incluindo pesquisa biomédica, testes ambientais, geologia e fabricação. Esses dispositivos microfluídicos podem analisar pequenos volumes de materiais na escala de microlitros ou nanolitros, permitindo testes de diagnóstico rápido e preciso.
A equipe de pesquisa está atualmente trabalhando na combinação de dispositivos microfluídicos impressos em 3D com microfluídicos 2D convencionais. O projeto, apoiado pela Escola de Tecnologia de Engenharia, visa alavancar as vantagens dos métodos de impressão 3D e nanofabricação 2D.
Fonte: purdue.edu